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terça-feira, 18 de junho de 2013

Sequência Didática acrescida do texto de Clarice Lispector



Sequência Didática (com acréscimo do texto de Clarice Lispector)
Primeiro Beijo
1)      Ler para o aluno o texto Primeiro Beijo de Clarice Lispector.
a)      Levantar hipóteses sobre como é a personagem central e que outra personagem passa a ter papel importante para a modificação da personagem central e por quê.
b)      Discutir sobre o espaço da ação, como podemos considerá-lo mais que um mero trajeto de ônibus. (fazê-los chegar ao fato de que o percurso feito pelo ônibus pode ser algo mais , como a transição da “inocência” para a “vida adulta”) 
1 b) relacionar os aspectos descritivos do espaço: a estrada, a paisagem;
transcrever as sensações da personagem;
2 b) fazer com o aluno um relato sobre as transformações ocorridas na adolescência, tanto físicas quanto psicológicas.
c)       Explicar-lhes o que é metáfora, utilizando-se de elementos do texto, por exemplo:
“O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos...
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
d)      Pedir aos alunos -que queiram falar- que contem suas experiências com o primeiro beijo.
Esse momento tem mais conversa que escrita, treinando mais a oralidade.
 O importante, além de conduzir interpretação do texto, elencar os elementos que compõem o gênero relato, resgatando a tipologia narrativa, tão conhecida deles.
Leitura do texto de Barreto e falar sobre a intertextualidade. Partir depois para os outros procedimentos propostos, como a relação entre o texto e o filme “Nunca fui beijada” e assim por diante, seguindo a sequência apresentada anteriormente.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sequência Didádica: A dialogicidade entre os gêneros textuais

Apresentação:
Esta sequência didática tem como embasamento a leitura do texto “Gêneros e progressão em expressão oral e escrita - elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, Dolz e Schneuwly, 1996.
Os gêneros textuais fundam-se em critérios externos (sócio-comunicativos e discursivos), enquanto os tipos textuais fundam-se em critérios intensos (linguísticos e formais).
De acordo com os escritores de Genebra, Dolz & Schneuwly, constata-se que para a organização progressiva do currículo, torna-se necessário que os gêneros sejam agrupados. Pois são subsídios fundamentais para a construção do currículo progressivo. “O indivíduo se apropria para realizar inferências e, em seguida, refutá-las, direcionando uma conclusão”.
Analisar com os alunos um texto e pedir para que identifique o gênero textual, as características de cada um, a composição, o estilo, nível linguístico e propósitos que cada texto traz, possibilita aos alunos uma visão mais reflexiva e contextualizada com o mundo contemporâneo ao qual fazem parte.

Língua Portuguesa – 9 ano/Ensino Fundamental ll
Título: O dialogicidade entre os gêneros textuais
Objetivos:
·         Estabelecer conexões entre textos de gêneros diferentes.
·         Distinguir textos ficcionais de não ficcionais.
·         Produzir texto levando em conta as características dos gêneros.
Conteúdos:
·         Estrutura dos gêneros.
·         Leitura e releitura dos textos
·         Produção textual.
·         Revisão e edição de textos.
Material necessário: Texto: Meu Primeiro Beijo (Antonio Barreto); filme: Nunca fui beijada (Raja Gosnell ); caderno e folhas para escrever.
Previsão de aulas: Uma semana (6 aulas)
Desenvolvimento:
Primeira e segunda aula: Seleção do texto o Primeiro Beijo e do um filme: Nunca fui beijada por tratarem do mesmo tema. Lê-los com a turma e anotar no quadro as características essenciais de cada um: o toque subjetivo e poético do texto literário, o uso figurado das palavras e as repetições expressivas de palavras ou sons (se houver) – no texto não ficcional, por exemplo, as situações reais e os posicionamentos do autor.
Terceira e quarta aula: Observe as características linguísticas de um texto não ficcional. No caso do texto, chamar a atenção para o uso da pessoa gramatical e para as reflexões sobre o que aconteceu.
Quinta e sexta aula: Produção de um texto a partir do tema estudado, pedir aos alunos que escrevam sobre algo que mais chamou a atenção durante a leitura/ou cena do filme. Ajude-os no planejamento. Peça que façam uma lista fazendo uma relação entre os dois gêneros. Eles devem citar, por exemplo, os sentimentos vivenciados pelas personagens no decorrer da história e qual foi essa ocasião.

Avaliação:
Pedir aos alunos que descrevam como foi a organização da produção. Organize uma tabela com os conteúdos de leitura e de produção escrita trabalhada e assinale os que foram atingidos plenamente e os que não forem atingidos plenamente, parcialmente ou não atingidos. A tabela permite que visualize um quadro do aproveitamento da turma e também de cada aluno e decida o que deve ser revisado. 
Trabalho final : Publicar o texto no blog da escola para socializar com outras turmas.

Referências:
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______.Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.

"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou." 
William Shakespeare

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Livros....

" Alguns livros são para se experimentar, outros para serem engolidos, e uns poucos para se mastigar e digerir".
                                                                         Francis Bacon - Séc. XVII

Sou um sonhador, mas não sou o único


domingo, 9 de junho de 2013

Há alguns anos eu estava lendo o livro “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector e foi uma leitura tão prazerosa que eu não conseguia parar de ler. Foi assim em casa, no supermercado, no ponto enquanto esperava a condução... Quando entrei no ônibus eu estava em uma parte muito legal e não conseguia parar de rir. A cobradora, sem entender nada, perguntou o nome do livro e eu o recomendei. Se leu, não sei... O que sei é que com uma leitura contagiante consegui despertar, em alguém, o gosto pela leitura. E isso é muito bom!!!

sábado, 8 de junho de 2013

Leituras...

         Quem de nós não é leitor permanente? A leitura é um passeio do olhar por onde nos detemos ou temos interesse.Observar alguém que passa por nós e nos provoca algum sentimento deve ser também considerada uma leitura, nem sempre certa, mas, sem dúvida uma leitura. Pessoas dizem que a "primeira impressaõ é a que fica", ou as "aparências enganam". E o que é isso senão uma leitura? Paulo Freire já afirmara, em outros tempos, que a leitura do mundo precede a da palavra. Por que, então, não rediscutimos o conceito de ler?
          Primeiramente, voltemos à etimologia: ler significa colher, colher para nutrir. As leituras alimentam, dão a sensação de saciedade. Podemos usar de todos os nossos sentidos para praticar essa leitura de mundo: o tato, o olfato, o paladar, o olhar, qualquer um que usemos nos fará carregar as impressões e nos fará formar conceitos das coisas.
                                                                                                                           Roxana